Nossos indicadores confirmam a trajetória de recuperação da Unimed-Rio no âmbito econômico-financeiro, mesmo diante de um ambiente macroeconômico ainda adverso no sistema de saúde. Nosso Resultado Bruto se manteve favorável para a cooperativa, com um aumento de 12% em comparação a 2016 e, ao final do exercício, a cooperativa teve R$ 61 milhões de sobras. A nossa sinistralidade teve uma importante retração de 2,2 pontos percentuais, ficando no patamar de 78,8%​. A queda da sinistralidade, composta pela relação entre custos gerados pela utilização dos planos de saúde e receitas, determina parte relevante do resultado econômico da operadora. ​

O EBITDA, que são os ganhos antes de impostos, taxas, depreciação e amortização, chegou a R$ 94,1 milhões. A Receita Operacional Líquida caiu 5,3%, entretanto esse resultado não acompanhou a redução de 15,2%​ da nossa carteira de clientes, o que comprova que a escolha estratégica da empresa de focar sua atuação comercial em uma carteira mais enxuta e rentável foi positiva. Tivemos também uma redução nos nossos gastos com comercialização, que ficaram próximos ao patamar de mercado, e de pessoal.​​

Além do controle dos custos assistenciais, tivemos o estorno de R$ 85 milhões, referente à Provisão de Eventos Ocorridos e não Avisados (PEONA), após adoção de metodologia própria em janeiro de 2017. Isso reduziu a necessidade de constituição de ativos garantidores na mesma ordem. Já as Despesas Administrativas tiveram um acréscimo de 12,7%, mas isso se deu em função da adesão aos programas de regularização tributária lançados pelo Governo Federal ao longo do ano. Apesar do impacto de atualização monetária no momento da adesão aos parcelamentos​, vai gerar para a cooperativa uma economia substancial de caixa na liquidação desses passivos com créditos fiscais.

A nossa dívida bancária teve uma redução significativa em 2017. Conseguimos liquidar 64% dela, passando de R$ 156 milhões negativos para R$ 56 milhões negativos em um ano. Outros números relevantes são as melhorias de mais de R$ 100 milhões do patrimônio líquido, que passou de R$ 999 milhões negativos para R$ 886 milhões negativos, e do lastro financeiro para provisões assistenciais exigido pela ANS, que diminuiu em cerca de R$ 170 milhões.

Confira abaixo os nossos principais números:

Valores em R$ Mil20162017
Receita Operacional Líquida5.004.270 4.741.305
Despesas Assistenciais– 4.053.340 – 3.738.066
Despesas de Comercialização– 354.823 – 295.578
Despesas Administrativas– 345.679 – 389.726
Despesa com Pessoal– 133.552 – 122.563
Resultado Patrimonial– 31.352 – 26.026
Sobras/Perdas Líquidas66.885 61.251
EBITDA– 4.825 94.198
Resultado Operacional– 11.212 88.149
Patrimônio Líquido– 999.768 – 886.562
Sinistralidade81,0%78,8%

BENEFICIÁRIOS

100%
1,02 milhão
2015
77%
853 mil
2016
66%
724 mil
2017

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

90%
4,9 bilhões
2015
100%
5 bilhões
2016
75%
4,7 bilhões
2017

Em 2017, a Unimed-Rio teve uma redução de 15,2% de beneficiários, justificada pelo alto índice de desemprego no país e pela mudança em sua atuação comercial, que passou a priorizar a rentabilidade de sua carteira de clientes. Por conta dessa queda, a receita operacional líquida, que representa os valores recebidos pelas vendas, descontando os impostos, teve uma retração de 5,3%, passando de R$ 5 bilhões para R$ 4,7 bilhões. Vale destacar que o percentual de queda do indicador ficou inferior ao percentual da redução da carteira, fator que é positivo para a cooperativa. Além disso, a redução da receita operacional líquida não apresentou impacto negativo sobre o nosso resultado bruto, que cresceu cerca de 12% no último ano fiscal.

DESPESAS ASSISTENCIAIS

A Unimed-Rio registrou R$ 3,7 bilhões em despesas assistenciais, que englobam os gastos com assistência médica, hospitalar, rede prestadora, etc. Esse montante representa uma redução de 7,8%, se comparar a 2016, quando o indicador chegou a R$ 4 bilhões.

85%
R$ 3,9 bilhões
2015
100%
R$ 4 bilhões
2016
69%
R$ 3,7 bilhões
2017

SINISTRALIDADE

Para a operadora, cada acionamento do plano de saúde caracteriza um sinistro. Nesse cenário, a sinistralidade, composta pela relação entre custos gerados pela utilização dos planos de saúde (sinistro) e receitas (prêmio), determina parte relevante do resultado econômico da operadora. Em 2017, a sinistralidade teve uma redução de 2,2 pontos percentuais, chegando a 78,8%, frente ao valor de 81% em 2016.

79%
79,4%
2015
81%
81%
2016
79%
78,8%
2017

RESULTADO BRUTO

O resultado bruto da Unimed-Rio teve uma melhora de 12,2%, passando de R$ 689 milhões em 2016 para R$ 773 milhões em 2017. Isso significa que a readequação de nossa carteira de clientes foi positiva, resultando numa carteira mais rentável, em linha com a estratégia da empresa.

100%
R$ 789 milhões
2015
67%
R$ 689,2 milhões
2016
85%
R$773,4 milhões
2017

DESPESAS DE COMERCIALIZAÇÃO

Esse índice, referente ao pagamento destinado às corretoras de seguros que comercializam nossos produtos, atingiu R$ 295,5 milhões, com uma redução de 16,7% em comparação a 2016. Esse número representa 6,2% da receita operacional líquida de 2017, valor próximo ao patamar de mercado.

97%
R$ 348 milhões
2015
100%
R$ 354,8 milhões
2016
87%
R$ 295,5 milhões
2017

DESPESAS ADMINISTRATIVAS

As despesas administrativas, que englobam despesas com pessoal próprio, encargos judiciais, serviço de terceiros, localização e funcionamento, publicidade e propaganda, tributos, multas, entre outras, tiveram um acréscimo de 12,7%, passando de R$ 346 milhões em 2016 para R$390 milhões em 2017.

Esse aumento ocorreu por conta da adesão ao Programa de Regularização Tributária (PRT) e ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), lançados em 2017 pelo Governo Federal. Através dos programas foi possível que as empresas negociassem a liquidez de dívidas com melhores condições de parcelamento, permitindo a regularização da sua situação fiscal com a Fazenda Nacional e a Receita Federal.

Em 2017, a Unimed-Rio registrou R$ 113 milhões referentes aos programas tributários federais. O registro, conforme regulação da ANS, foi feito nas despesas diversas, um subitem das despesas administrativas. Se desconsiderássemos esse valor, o volume das despesas administrativas seria 20% inferior em relação a 2016, ou seja, R$ 277 milhões.

Já a despesa com pessoal, considerando somente a Operadora, ou seja, 1.400 colaboradores, chegou a R$ 122,5 milhões em 2017, o que significa uma redução de 8,2% nos últimos 12 meses.

85%
R$ 372 milhões
2015
67%
R$ 346 milhões
2016
100%
R$ 390 milhões
2017

RESULTADO LÍQUIDO

A adesão aos programas de regularização tributária do Governo Federal também impactou o nosso resultado líquido. Apesar disso, conseguimos mantê-lo no mesmo patamar de 2016, passando de R$ 66,8 milhões para R$ 61,2 milhões em 2017. ​

43%
R$ 30,1 milhões
2015
100%
R$ 66,8 milhões
2016
91%
R$ 61,2 milhões
2017

RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO

Um dos nossos gargalos é o resultado financeiro líquido, que representa a diferença entre os juros das aplicações da operadora e os juros referentes aos nossos empréstimos bancários. Os juros das nossas reservas, que ainda se encontram insuficientes, são menores do que os juros gerados pela nossa dívida bancária. Dessa forma, esse indicador ficou negativo em R$ 79 milhões em 2017, mas mesmo assim, o resultado apresentou uma redução de 4,8%.

RESULTADO PATRIMONIAL

Nosso resultado patrimonial, fruto das operações verticalizadas na Unimed-Rio Participações, teve uma melhora de 17%, passando de R$ 31,3 milhões negativos em 2016 para R$ 26 milhões negativos em 2017.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Nosso patrimônio líquido apresentou uma melhora de R$ 113 milhões, o que representa um acréscimo de 11,3%. Em 2016, o valor era de R$ 999 milhões negativos e em 2017 chegou a R$ 886,5 milhões negativos. O ganho também se atribui à retenção mensal na produção médica do cooperado.

100%
– R$ 1,1 bilhão
2015
92%
– R$ 999 milhões
2016
75%
– R$ 886,5 milhões
2017

EBITDA

O EBITDA, que representa quanto a empresa gera de recursos em suas atividades operacionais sem considerar os efeitos financeiros e de impostos e amortizações, teve um resultado bastante expressivo em 2017, passando de R$ 5 milhões negativos em 2016 para R$ 94,1 milhões em 2017.

Esse indicador é calculado a partir do resultado bruto (R$ 773 milhões), e desse valor são subtraídas as despesas de comercialização (R$ 295,5 milhões) e administrativas (R$ 390 milhões) e se soma a depreciação/amortização (R$ 6 milhões). Se comparar a 2016, melhoramos o resultado bruto em R$ 84,2 milhões e as despesas de comercialização em R$ 59,3 milhões, totalizando ganhos de R$ 143,4 milhões em relação a 2016. Como tivemos uma variação negativa em despesas administrativas de R$ – 44 milhões, o EBITDA fechou o ano de 2017 com uma variação positiva de R$ 99 milhões.

80%
R$ 79 milhões
2015
30%
– R$ 5 milhões
2016
100%
R$94,1 milhões
2017
20162017
R$ milR$ mil
RESULTADO BRUTO689.291773.452
Despesas de Comercialização-354.823-295.578
Despesas Administrativas-345.680-389.726
(+) Depreciação / Amortização6.3866.050
EBITDA-4.82694.198

DÍVIDA BANCÁRIA

A Unimed-Rio pagou em 2017 R$ 99,6 milhões da sua dívida bancária, o que representa 64% do montante. Com isso, o total da dívida chegou a R$ 56,7 milhões em dezembro, mostrando uma melhora significativa se comparado a dezembro de 2016, quando o valor estava em R$ 156,3 milhões.

100%
R$ 156,3 milhões
Dezembro 2016
86%
R$ 108,4 milhões
Junho 2017
28%
R$ 56,7 milhões
Dezembro 2017